No último domingo, dia 27, estive no Maraca para acompanhar o primeiro jogo da final do Campeonato Estadual entre o Fla e o meu Botafogo.
Evidentemente a torcida do Botafogo é muuuuito menor que a do Flamengo. No entanto, todos sabemos que, as torcidas se dividem no Maracanã durante os clássicos, não importando o tamanho de cada uma delas. Principalmente numa final de campeonato.
No entanto, no último domingo, a torcida do Botafogo mais parecia do América, tão pequena estava. Realmente foi surpreendente.
Não tenho a menor dúvida que um dos maiores fatores para isso é a violência. É bem verdade que toda torcida tem seus baderneiros mas, proporcionalmente, a do Flamengo teria mais.
De qualquer forma, o que quero registrar é que em 2007, quando Bota e Fla também decidiram o campeonato, estive nos dois jogos e pude presenciar o que aconteceu. O que fatalmente me faria desistir de voltar.
Pela primeira vez em cerca de 20 anos de Maracanã, tive medo. Andar próximo ao estádio vestindo a camisa alvi-negra devia ser semelhante a um soldado americano perdido entre os Talibãs.
Algumas situações que passei no primeiro jogo:
1) Seguia por uma das ruas ao redor do estádio e um casal flamenguista me alertou a não seguir por ali, pois um pouco mais a frente estavam agredindo torcedores botafoguenses.
2) Peguei uma rua trasnversal e dei de frente com um grupo de garotos, na faixa de seus 18 anos, todos rubro-negros, que rapidamente formaram um bloco para passar por mim. Nesse mesmo instante veio uma pratulha da PM. Ufa!
3) Pegando uma outra rua, andando contra o fluxo de carros, um motorista simplesmente fecha o punho e coloca pra fora da janela. Não me atinge, mas pega um amigo que vinha logo atrás.
Enfim, chegamos ao Maracanã. Ainda bem, não aconteceu nada grave, mas o que importa é a sensação de terror e impotência frente a violência gratuita e negligência das autoridades.
Após o último jogo e título do flamengo, festa na rua, cantoria, clima de alegria... Estou indo pegar o carro, quando passo por um senhor na faixa de uns 45 anos e seu filho de 10. O indivíduo simplesmente grita barbaridades na minha cara. Palavrões do mais baixo nível. E eu estava acompanhado de uma menina! Totalmente desnecessário e não condizente com a alegria de ser campeão.
Bom, estive no Maraca domingo e não passei por nada desse tipo. Espero poder falar o mesmo após o jogo decisivo do próximo final de semana.
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