Luciano Cian contiua com planos de conquistar o mundo. Ainda bem que ele está na Hiato.
A seguir, entrevista publicada no site do Clube de Criação do Rio de Janeiro.
Luciano Cian - sócio da Hiato 07/05/2008
CCRJ - Nos conte como surgiu a Hiato.
Luciano Cian - Há 4 anos, nós, sócios, trabalhávamos no mesmo andar de um grupo de comunicação. Não éramos da mesma empresa, mas nos relacionamos em torno desse grupo. Existia uma grande afinadade entre nós. Quando uma das empresas do grupo fechou as portas, resolvemos nos juntar e colocar em prática uma idéia, ainda turva, do que seria uma agência de comunicação com foco nas novas demandas do mercado. Unimos diferentes expertises e batizamos nossas ferramentas de acordo com o que cada um tinha de melhor a oferecer.
CCRJ - Como a agência se posiciona em relação às tradicionais agências de propaganda?
Luciano Cian - Quando nascemos, o termo bellow the line era novo, não sabíamos se ele era o resumo do nosso dia-a-dia. Com o tempo percebemos que não éramos exatamente uma agência no media, já que atendíamos algumas contas publicitárias. Hoje sabemos que a Hiato é uma agência de ferramentas de comunicação que usa, entre elas, a publicidade. Acreditamos que a diferença está no famoso binômio custo x benefício, um clichê que resume o que todo cliente quer, e que pode ser aplicado em uma empresa pequena, com custos reduzidos. Ao mesmo tempo, trabalhamos para agências tradicionais como fornecedores, através de promoções, design, multimídia, eventos, etc.
CCRJ - Nos trabalhos divulgados percebemos que a Hiato utiliza mesmo todas as “ferramentas de comunicação”, como diz o nome. Podemos afirmar que esse é o caminho natural da propaganda atual?
Luciano Cian - É um caminho para sobrevivência, uma evolução óbvia que se tornou vital a medida que os meios de comunicação se multiplicaram. A propaganda não perdeu força, ela ganhou novas vitrines, novos formatos. As grandes agências perceberam isso, muitas diversificaram seu campo de atuação. Quando começamos tudo era novidade, hoje os grandes grupos de comunicação investem cada vez mais em agências de marketing direto, em produtoras de evento, em criação voltada para internet, entre outros. Quando a distribuição do bolo mudou, as agências começaram a se mexer. Quem ainda não percebeu isso vai ser engolido pela concorrência.
CCRJ - Cite os diferentes trabalhos da agência.
Luciano Cian - Existem jobs específicos, que utilizam uma ou outra ferramenta, como também existem jobs que necessitam da integração de diversas frentes. Já fizemos desde uma marca isolada até um evento que começou na marca, se desdobrou em um multimídia comercial e, depois que se tornou realidade, utilizou tudo que oferecemos: promoção, produção, internet, vídeo, propaganda, design.
Hoje, com a campanha da MPB FM na rua, ganhamos mais visibilidade na publicidade, mas também estamos por trás dos eventos de lançamento da sede comercial e marketing da Rede Record no Rio de Janeiro, nas promoções do Clube Jovem Estácio, no design do convite de inauguração do teatro Oi Casa Grande, no vídeo de treinamento da Johnson & Johnson, no estudo de branding da Accioly Participações, na concepção e criação de uma exposição sobre a vida e a obra do escritor Fernando Sabino, na criação do site do Oi Noites Cariocas etc.
CCRJ - A Hiato também aposta muito no ramo cultural. Como funciona essa divisão da agência?
Luciano Cian - Gostamos de cultura e apostamos em projetos de diferentes frentes artísticas. Não se trata de uma divisão específica da agência, mas de um assunto que permeia todas as ferramentas. Temos um projeto próprio chamado Reciclando Cultura, que aborda as questões que envolvem o lixo urbano, sugerindo diálogos de transformação através da música, das artes plásticas. Esse projeto circula em todos os departamentos, cada um deposita uma idéia, um desdobramento.
Também temos o Arpex, um projeto para revitalizar o Parque Garota de Ipanema através da música. Viabilizamos essas idéias à medida que as tornamos atraentes para os patrocinadores. É um canal de comunicação atual, verdadeiro, que agrega ao brand experience valores de preservação, de conhecimento.
CCRJ - O que podemos esperar da Hiato nos próximos anos?
Luciano Cian - Uma empresa de comunicação ligada às novas linguagens, aos novos canais de relacionamento entre marca e consumidor, seja através de demandas, seja através de propriedades culturais.
CCRJ - E como você analisa o atual estágio da propaganda brasileira?
Luciano Cian - A propaganda brasileira se parece com a seleção canarinho. Comparamos o passado glorioso com os resultados apertados dos dias de hoje. Como no futebol, os espaços diminuíram, a marcação era mais frouxa, a forma de jogar, diferente. Hoje o jogo é outro, precisamos reinventar nossas táticas. A propaganda já foi melhor? Pode até ser, mas ainda temos diversos craques para voltar ao pódio. No nosso caso, o jogo vai além das quatro linhas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTu é bobo rapá...
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