Tive vontade de falar de um assunto que me bate sempre, mas que de tão complexo, me bate um complexo Caymmiano... ou de Caetano. Enfim, uma preguiça de dar inveja aos mais preguiçosos dos Baianos.
A pauta desse post é o egoísmo da nossa espécie. Não estou nem falando que isso é uma coisa ruim, mas que é uma característica marcante de todos nós... isso é.
Como não podemos viver diversas vezes, pelo menos não nos lembramos de forma consciente de outras vidas, temos uma necessidade absurda de absorver o máximo de tudo... ao mesmo tempo. Evidentemente que isso aflora com mais ou menos intensidade em cada um de nós. Mas no fundo, todos temos vontade de abraçar o mundo em algum momento.
Me baseio nisso para justificar os laços que criamos com pessoas além de nossas famílias. Como explicar as amizades e os amores que colecionamos ao longo das nossas vidas? As pessoas que passam por nós são tão diferentes de nós mesmos e das outras que passaram... Pelo menos deveriam ser.
Quem não sabe do que eu estou falando, deveria experimentar. A sensação de encantamento é inigualável. É uma bomba de adrenalina direto na veia e a sensação de extrair dessas pessoas todas as suas experiências é como se você vivesse 10 anos em 1.
Mas o que isso tem com egoísmo? Tudo! Nos aproximamos, extraimos tudo que pudermos e quisermos e depois vamos embora. Deixando pra trás a saudade das pessoas e, invariavelmente, algum estrago que possamos causar. Seguimos em frente, em busca de mais. É um vício que não permite voltar atrás. Uma vez experimentada, essa droga te consome e faz querer mais e mais.
Assim como o Homem se apropria, utiliza e esgota os recursos naturais do planeta, depois segue para outra área afim de fazer o mesmo, temos a mesma atitude em relação ao conhecimento que as pessoas podem nos proporcionar.
Não vou mais queimar a mufa pra falar sobre isso. Acho que cada um pode seguir seu próprio caminho sobre esse tema, a partir desse pequeno pensamento que não me deixa.
Sendo assim, torço para que você, ao longo da vida, possa absorver muito dos outros, mas sem esquecer de viver suas próprias experiências. E caso descubra uma maneira de não deixar estragos após sua passagem, por favor me comunique com urgência.
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