sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Pra dizer que não falei das flores...

Já que a semana foi de posts futebolísticos, não podia encerrar de outra forma, senão falando da quarta torcida do Rio.

O clube mais feminino do Brasil recebeu a notícia de que Leandro Amaral não poderá atuar mais pelo Flu. Tudo por conta de uma decisão judicial que deu ganho de causa ao Vasco.

A historinha é mais ou menos assim: desaparecido do cenário futebolístico brasileiro, Leandro Amaral acertou um contrato com o Vasco. Nesse contrato, havia uma cláusula que permitia ao Vasco, renovar o contrato de Leandro automaticamente caso ele - Vasco - entendesse que o trabalho de Leandro havia agradado. Como Leandro assinou o contrato, entendo que deva ter lido com atenção e concordado com todos os detalhes combinados e detalhados no documento.

Final do ano passado, Leandro Amaral em alta no futebol brasileiro, carente de grandes nomes. Botafogo, Fluminense e outros clubes demonstram grande interesse em contar com o jogador. Deixe estar que -dizem - o Flu já havia acertado a contratação do jogador há tempos.

O Vasco, faz valer a cláusula do contrato e renova o contrato de Leandro Amaral, que se diz aborrecido com a forma que foi tratado e diz que vai jogar em outro clube.

A partir daí fica fácil entender a confusão. Leandro assinou com o Flu, amparado por alguma liminar, e disputou a Taça Guanabara e o primeiro jogo da Libertadores pelo Tricolor. Agora, o Vasco conseguiu anular a tal liminar. Ou seja, Leandro deve voltar para o time da colina.

Eu não tenho nada com isso. Tanto faz aonde ele jogue, o Fogão venceu os dois. Com ou sem Leandro Amaral.

No entanto, o bacana dessa história é que concordo com a última decisão da justiça. Então o cara combina uma coisa, discute, assina um contrato e depois simplesmente ignora isso tudo e vai para outro clube.

Esse é um tema muito além do futebol. Cada vez mais as pessoas acreditam que simplesmente podem desfazer o que fizeram. É a famosa sensação de impunidade que vejo estampada em políticos, bandidos, artistas e todo tipo de gente que comete barbaridades com a absoluta certeza de que nada vai acontecer.

Que a palavra, nos tempos de hoje, já não vale muita coisa, eu sabia. Infelizmente é verdade. Mas a partir do momento que contratos podem simplesmente ser rasgados, sem nenhum motivo real, que justifique a quebra de um acordo... aí já é demais.

É claro que ainda cabe recurso. Sempre cabe mais um. Mas espero sinceramente que Leandro cumpra seu contrato com o Vasco. Na realidade, se eu fosse o Vasco, deixava ele na geladeira. Pagava salário pra ele ficar em casa e sumir do cenário. De novo.

Para as mocinhas das Larangeiras seria até interessante, já que Leandro não apresentou metade da bola que a badalação com que foi contratado sugeria.

E chega de futebol!

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