terça-feira, 7 de outubro de 2008

Marcelo Adnet

Pra quem não conhece, Marcelo Adnet apresenta o programa 15 minutos na MTV. Pelo que eu sei, ele fazia o programa na internet e era tão bacana que resolveram contratá-lo. Mais um golaço da MTV, que é um dos poucos veículos que aposta na formação de ídolos.

A propósito, essa história de criar ídolos pode render um post gigante...

Pra não tomar muito o tempo de vocês, nem o meu, vou comentar uma situação que acontece, sem me aprofundar muito.

Eu nunca fui um grande ouvinte de rádio na minha adolescência. Na verdade, somente quando comecei a trabalhar em uma, despertei minha atenção para todas.

Porém, um dos poucos nomes que me lembro era do locutor Paulo Beto, que hoje tornou-se um grande amigo, além de um baita profissional.

Outro nome que você talvez identifique é do Orelhinha. O moleque começou a frenquentar quando ainda era muito novinho a Fluminense FM, em Niterói . Perturbava tanto que foi chamado para trabalhar lá. Foi operador de áudio, DJ e tornou-se locutor.

Talvez ninguém acreditasse que aquele muleque de voz rouca pudesse falar numa rádio, mas alguém teve a brilhante sacada: ele tinha carisma.

Bem dirigido e produzido, Orelha se tornou um fenômeno do Rádio Jovem, sendo reconhecido até hoje como principal estrala da companhia. Fez Jovem Pan, Jovem Rio e agora está na Mix FM, sempre com a mesma resposta do público.

Mas o que uma coisa tem com a outra? Bom, quero dizer que hoje em dia é muito raro se apostar na construção de ídolos, quando eu acho que esse pode ser o grande diferencial de uma emissora de rádio hoje, principalmente com os players de MP3 em carros, tênis, telefones, óculos, relógios etc.

O acesso a música hoje é muito fácil. Em minutos você "baixa" qualquer música e sai por aí ouvindo. Pra que ouvir rádio? Talvez pela identificação com o cara que está do outro lado "falando com você".

Um outro grande exemplo é o rádio AM, onde os apresentadores são grandes estrelas. Possuem salas e equipes específicas para os seus programas, além de salários altíssimos.

Os profissionais do AM, principalmente os da antiga como José Carlos Araújo, Pedro Augusto e Antônio Carlos, bem mais valorizados, tem poder de levar a audiência deles para uma outra emissora. Consequentemente, tem o poder de barganhar melhores salários e condições de trabalho.

Em contrapartida, temos a Oi FM, com seu esquema "geladão", utilizando a programação gravada, com poucos apresentadores que, inclusive, nem me parecem ter grande intimidade com a coisa. A própria Mix FM, apesar de ser um fenômeno de audiência em toda Brasil, tem um esquema "quadrado", com mauais de procedimento super rígidos e que fazem do Orelhinha e do Zé Ninguém, a mesma pessoa quando estão no ar.

Na minha opinião, a estratégia de "esvaziar" o material humano, tem justamente o objetivo de transferir a audiência do apresentador para a emissora. O profissional não consigue se valorizar dentro da empresa e no mercado. Assim, no caso da troca de um profissional por outro, a intituição permanece intacta.

Mas gente, no futebol moderno, os "craques" vão de um clube para o outro a cada ano e nem por isso as torcidas trocam de camisa. Se uma emissora tiver o cuidado de preparar uma galera acana para entrar no ar, no momento que não poder segurar um grande astro da sua programação, outra vai ter condições de segurar a audiência e manter o alto padrão do antecessor.
Em último caso pode fazer a mesma mandignga da MTV, que fez com que quase nennhum outro apresentador desse certo fora da emissora.

Bom, voltando ao tópico do post, fica aqui um tostão de Marcelo Adnet:

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