sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cabeção de Nego

Ontem estreiou "Cabeção de Nego" (Teatro Sesc Ginástico - Centro do Rio), um espetáculo de dança dirigido por Carlos Laerte, da Laso Cia de Dança.
O projeto foi o vencedor do Prêmio Sesc Rio de Fomento à Cultura, realizado pela L21 em parceira com o Sesc Rio.
Nós aqui na Kombo estivemos, e ainda estamos, super envolvidos com a premiação, que de fato é muito interessante. Mais informações em http://www.sescriofomentocultura.com.br/.

Mas o que me motivou a vir aqui rapidamente no blog, foi esse texto aqui:

"Carlos Laerte, com grave leitura e comovente escuta de seus intérpretes, foge de citações imediatas dos nortes da dança moderna e contemporânea em possíveis códigos pavimentados. A proposta da improvisação, infiltraçõess do método de ações físicas e contato teatral e do work in progress levam o desenho coreográfico a busca de um aporte particular dos bailarinos e da riqueza do refino da acidentalização do movimento que parte do imaginário e da realidade da polimorfa identidade brasileira."

Bem, esse é o primeiro, de quatro parágrafos, do texto de apresentação do espetáculo. Texto escrito por Marcelo Augusto - Doutor em Semiologia - Coordenador do curso de cinema da Estácio de Sá.

Confesso que tive preguiça de continuar a ler. Afinal de contas, pra quem foi escrito esse texto?

As pessoas que trabalham com arte e cultura, vivem reclamando da falta de oportunidade. Que não há abertura para eventos e espetácuulos culturais no Brasil etc etc etc. Mas quando surge uma oportunidade, fazem arte e cultura para poucos, ou quase ninguém.

Não me julgo uma pessoa ignorante, mas longe de estar inserido profundamente num ambiente intelectual. Sou uma pessoa comum, com uma formação e interesse bem razoável. Ainda assim, estou muito acima da média brasileira, quando se refere a educação e acesso a cultura.

Pois bem, se eu tive preguiça. Se simplesmente observei esse texto como um grande desperdício de palavras, imagina quem está abaixo da média, ou seja, a maioria da população.

Por favor, minha gente. Vamos fazer arte e cultura para o povo. Não é preciso usar uma linguagem esculhambada, mas vamos tornar acessível ao maior número de pessoas possível. Só assim pra todos nós evoluirmos.~

Vamos puxar pra cima, ao contrário de aumentar a distânica que separa os Doutores do povão.

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