domingo, 22 de maio de 2011

Palmeiras x Botafogo

Acabei de assistir a estreia do meu querido Botafogo no Campeonato Brasileiro 2011 com derrota para o Palmeiras, jogando for a de casa. Vencer ou perder faz parte da brincadeira, mas tudo é muito relativo de acordo com o contexto.
O Botafogo foi eliminado da Copa do Brasil pelo modesto Avaí e na mesma semana conseguiu a proeza de não se classificar para as finais do Taça Rio, que corresponde ao segundo turno do Estadual do Rio de Janeiro.
Desde que entrou de “férias”, já que não se classificou em nenhuma das duas competições que disputava, começou sua preparação para o Brasileirão. Cerca de um mês treinando, estudando, aprimorando e tudo mais.
No meio do caminho surgiram algumas promessas da diretoria com relação a reforços, mas esse é um capítulo a parte. Não vale discutir nesse momento, até pelo fato de que não se contratou ninguém de fato.
Voltando ao time que temos, e que jogou nessa tarde de domingo, façamos uma breve análise do que foi a partida contra o Palmeiras…
O primeiro tempo teve um Botafogo razoável, com maior posse de bola, mas com praticamente nenhuma jogada de perigo. Utilizando três zagueiros e dois volantes, naturalmente ficou sem o controle do meio.
Conseguiu bloquear a chegada do Palmeiras e evitar muitos riscos. Aliás, quando os verdinhos encontraram chance, encontraram Jéfferson como sempre fantástico.
Os laterais tentavam apoiar, mas subiam sozinhos, sem ninguém pra encostar, já que ofensivamente as opções eram Thiago Galhardo, Maicossuel e Caio.
Galhardo pouco pode fazer. Com certeza se sentiu absolutamente perdido sempre com alguém de verde na sua marcação e ninguém de branco (jogamos com o uniforme reserva) pra ajudar.
O Mago ainda tentou, pois era sempre a válvula de escape da defesa, que até se saiu bem pra quem não dispitava uma partida ofecial há cerca de 7 meses. Conseguiu se movimentar bem, tentando partir pra cima, mas como os outros, sem nenhum apoio, acabou se perdendo no meio dos adversários.
Por fim, o pobre do Caio. Fraco fisicamente e ainda por cima jogando numa função que não sabe, como homem de área, simplesmente não apareceu em campo. Uma tristeza.
Ao final do primeiro tempo, acreditava que dava pra chegar a uma vitória, mas nosso técnico conseguiu piorar muito o time com suas substituições. Uma verdadeira zona que me leva a perguntar o que tanto fizeram esses jogadores ao longo do período de treinamento? A verdade é que não se encontravam em campo.
Tive a impressão também que o time cansou. Não sou especialista, mas um grupo que se prepara durante um mês, não pode cansar em 45 minutos. Mas é só a opinião de um leigo.

Por outro lado, o Palmeiras, que também não é lá essas coisas, terminou o primeiro tempo com menor posse de bola, e voltou melhor para o segundo. Auxiliado pela confusão que virou o time do Botafogo, tomou conta da partida. Ainda assim, pouco conseguiu ameaçar. No entanto o Botafogo ameaçou muito menos, além de fazer muitas faltas.
Lá pros 30 minutos do segundo tempo, bola pro Kléber. Com toda a liberdade do universo, mesmo contra um time com meia-dúzia de zagueiros,  ele receberu, driblou e meteu o pé. Gol do Palmeiras.
 Qualquer pessoa imaginaria que o Botafogo partiria pra cima pra tentar empatar, mas simplesmente terminamos a partida com apenas 3 finalizações. A imagem que resume a partida é o Palmeiras, aos 46 minutos do segundo tempo, atacando com 4 jogadores contra 5 defensores. Por outro lado, o Botafogo, quando conseguia, atacava com menos jogadores que o próprio Palmeiras.
O placar magro de 1 x 0 para o Palmeiras demonstra as poucas oportunidades reais de gol do Palmeiras, mas não mostra o abismo que separa as duas equipes em termos táticos, técnicos e até mesmo no quesito raça. E olha que o Palmeiras tá bem longe de ser um dos grandes desse campeonato.
Foi a primeira de trinta e oito rodadas de muito sofrimento. Vamos continuar na torcida mas a coisa tá feia pro Fogão.
Que venha o Santos... de preferência com time reserva.

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